Este mês temos como entrevistado do mês de abril, o sensei Eckener Cardoso, atual assessor da presidência da FKTB, constituindo o nível estratégico e diretivo da FKTB.
Nome ?
Eckener de Pereira Cardoso Sobrinho
Onde nasceu ?
Salvador / Bahia.
Qual a sua formação ?
Graduado em Educação Física.
Pós-Graduado em Ciência do Treinamento Desportivo.
Pós-Graduado em Fisiologia do Exercício.
Quando e por que decidiu praticar Karatê ?
Em agosto de 1972. Sempre gostei de esportes e os comentários sobre o Karatê eram animadores, já tinha ouvido falar no Ginásio Acrópole, daí resolvi assistir uma aula, gostei e fiz a matrícula em seguida.
Qual o primeiro mestre e as principais referências no karatê ?
O professor Ivo Rangel foi o meu primeiro Mestre, durante a minha trajetória como Karateca treinei sob a orientação de vários outros mestres e treinadores, tais como, Denílson Caribé, Yoshizo Machida, Antônio Alberto Fonseca. Participei de muitos cursos técnicos e de atualização com professores radicados no Brasil e no exterior. O saudoso Mestre H. Nishiyama me impressionou muito pela capacidade de liderança e de transmissão do Karate como um todo. Os Mestres Y. Tanaka e H. Inoki pela seriedade e respeito com que sempre conduziram o Karatê Shotokan no Brasil. Como árbitros gostaria de citar os mestres T. Watanabe e M. Buyo ambos com visão e postura excelentes. Não posso esquecer do Mestre H. Shirai, atual Diretor Técnico da ITKF, pela sua energia e vigor até os dias de hoje. Faço referências também a atletas do porte de Oswaldo Mendonça, Yohannes Freiberg, Djalma Caribé. Finalizando, desculpando-me por talvez ter esquecido alguns, quero enfatizar o Curso Técnico e de Arbitragem que foi ministrado em São Paulo quando da implantação do sistema WUKO, hoje WKF, pelos Mestres Toru Arakawa e Tadao Fujimoto, muito bons, deste evento participaram os baianos, Eckener, Sergio Bastos e Antonio Carlos Negreiros.
Quais eram seus principais concorrentes na época de competidor ?
Eram grandes atletas, alguns mais antigos no Karatê, outros mais novos, porém competidores de excelente nível técnico, não os considerava concorrentes e sim companheiros de Karatê, mas é motivo de alegria e satisfação citar nomes como: Temístocles Saldanha, José Mendes, Sergio Matos, Djalma Caribé, Aser Macêdo, Almir Aleluia, Jorge Contreiras, João Gomes, Sergio Bastos, Enobaldo Ataide, Isaias Brito, Haroldo Muccini e muitos outros.
Qual a sua percepção acerca da Competição x Arte Marcial ?
A competição vai a Arte Marcial fica, ou seja, elas não são antagônicas, o período que o atleta leva priorisando o Karatê competitivo deve servir como base para fortalecer o Karatê como Arte Marcial. Se a motivação para praticar está somente nos campeonatos o atleta encerrará a sua carreira quando não tiver o mesmo vigor para competir e provavelmente não será um verdadeiro Artista Marcial.
Qual foi seu momento mais importante como atleta ou praticante ?
Como competidor foi em 1985, após vencermos o Campeonato Brasileiro daquele ano, fomos convocados para integrar a Seleção Brasileira que representou o pais no Campeonato Pan Americano no ano da morte do Mestre Denílson Caribé.
Como praticante é muito importante continuar atuando no âmbito do Karatê, seja como árbitro, conselheiro ou dirigente .
Por que aconselharia a prática do Karatê Tradicional ?
A prática do Karatê Tradicional bem orientada cultiva valores éticos e morais que contribuem decisivamente para a Formação Global dos seus praticante; oferece o domínio de um método de Defesa Pessoal eficiente; propicia que os seus praticantes alcancem um bom nível de condicionamento físico o que certamente os leva a ter hábitos de vida saudáveis. Eis aí alguns motivos para indicar a prática do Karatê Tradicional.
Qual o livro aconselharia ?
1984 de George Orwell.
Qual frase / mensagem que gostaria de nos passar ?
O Karatê tem um Lema que foi escrito num momento de grande felicidade e sabedoria, sendo assim escolho uma que vem norteando os meus passos que é:
CRIAR O INTUITO DE ESFÔRÇO
